Nos fálicos arranha-céus de concreto,
erguidos à sangue e carne, e onde repousam
cifras,
do metal ferro, solto da rocha,
e movendo-se no limite,
rente ao choque,
das sombras desfiguradas, com pressa,
buscando somente um espelho
que
lhes dê o último gozo que resta,
Nos fetos expostos ao vento,
do tempo batendo no rosto.
Sangrando.
Em todo e qualquer canto, que nem eu nem você
Olhamos
-tudo se revela-
A realidade, então transfigurada
em absurdo.
A única realidade, que em cinema mudo
se mostra.
O espetáculo de todas as nossas certezas
passando.
Mortas.
14 de nov. de 2007
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